Tarde
Tão tarde e tão cobardes as suas pequenas vontades
É a tarde que me deito, que sinto a simetria a bater num compasse imperfeito
Eu descanso, canso-me e não alcanço o copo na mesa com a incerteza e a sempre velha frieza
Tão estúpido sentimento
Tão estúpido momento
Tão estúpido o pó
Tão estúpido como desatar alguns de nós
E parece tão estúpido escrever, ler e crer
Mais ainda abrir a janela e ver a impertinente luz amarela
Mas não tanto quanto levantar, andar em passos curtos e surdos
Edificar o corpo torto e quase morto em busca do reconforto
Abrir os olhos exauridos de serem tão fechados
Entristece-me usar palavras repetidas para provar a veracidade de algumas linhas
Entristece-me sentir os meus pés dormentes e o resto do corpo doente
Entristece-me o óbvio, o vazio, o calafrio, o suicídio vadio
E entristece-me entristecer, e isso é tão óbvio
E eu detesto o óbvio e tudo o que não me faz conjecturar
Tão estúpida tarde
Tão estúpido eu sou, tão cobarde
Tão estúpido, é essa a verdade.
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Terça-feira dia 28 de Agosto faz um ano que aqui comecei a escrever.
A todos os que contribuíram de alguma forma para o aparecimento e desenvolvimento deste blog, alguns em especial o meu sentido Muito Obrigado.
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Música do Momento: Rui Veloso - Nunca me esqueci de ti
Terça-feira dia 28 de Agosto faz um ano que aqui comecei a escrever.
A todos os que contribuíram de alguma forma para o aparecimento e desenvolvimento deste blog, alguns em especial o meu sentido Muito Obrigado.
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Música do Momento: Rui Veloso - Nunca me esqueci de ti